Projeto: Escritas de si

 

Sobre o projeto

O projeto Escritas de Si, formado pelos residentes Isabella da Mata, Jackson Figueiredo, Júlia Oliveira, Maria Laura Nogueira e Milenny Lauren, foi aplicado, nos meses de agosto e setembro de 2021, para o primeiro ano do ensino médio (turma 101 do professor Francis Arthuso Paiva) do Colégio Técnico da UFMG (COLTEC). O projeto teve início no contexto de isolamento social total, de forma que os alunos passaram por experiências incomuns sozinhos em casa. Por exemplo, se antes aquele aluno era acostumado a passar o dia na escola, com os colegas, e, nos fins de semana, encontrar familiares e amigos, no período das nossas aulas, a sua própria companhia se tornou obrigatória. Por isso, o projeto foi pensado para ser uma forma de o aluno se encontrar consigo mesmo, de modo que ele se ambiente à ideia de que o movimento interno é o que decide as nossas ações no ambiente externo.

Sendo assim, todas as etapas do projeto estimularam a autorreflexão, exercício indicado a todos, mas, principalmente, importante para os adolescentes, que estão em um processo de amadurecimento, adaptação e autoconhecimento – que, além de tudo, estava/está sendo fortemente intensificado pela pandemia. 

Ademais, o trabalho permitiu que a criatividade fosse explorada, já que viabilizou um rico contato com textos multimodais e com atividades que exigiram produções autorais e extremamente pessoais, como cartas, vídeos e podcasts – recursos semióticos que, inclusive, colaboraram para o desenvolvimento do letramento digital.

Portanto, a finalidade deste projeto foi desenvolver atividades didáticas que permitiram ao aluno construir formas de imergir em si mesmo a partir de diversas experiências provocadas, principalmente, pelo processo de escrita, a fim de que ele percebesse o quanto essa modulação é produtiva no que tange ao seu comportamento perante a sociedade. Afinal, o processo de autoconhecimento é fundamental para explorarmos as nossas dificuldades e as nossas habilidades, o que nos faz indivíduos mais fortes e mais facilmente adaptáveis a quaisquer situações, dentre elas, a de comunicação – tão importante no ambiente escolar. 

A implementação do projeto

Para uma melhor comunicação com os alunos e alunas, os residentes do Escritas de Si criaram um WebQuest (https://sites.google.com/view/projetoescritasdesi/in%C3%ADcio) com todas as instruções de atividades avaliativas, as respectivas datas de entrega, as explicações das aulas sícronas e assíncronas e as resoluções de possíveis dúvidas sobre o projeto. Como todo o projeto foi realizado a distância, os participantes montaram também um cronograma semanal para facilitar a identificação dos temas das aulas pelos estudantes, que foi postado nesse WebQuest. O cronograma foi o seguinte:

  1. Semana 1: dia 05.08, quinta-feira, às 14h = aula síncrona 1
  2. Semana 1: dia 09.08, segunda-feira, às 12h = entrega da atividade 1
  3. Semana 2: dia 12.08, quinta-feira, às 14h = aula síncrona 2
  4. Semana 2: dia 16.08, segunda-feira, às 12h = entrega da atividade 2
  5. Semana 3: dia 19.08, quinta-feira, às 14h = aula síncrona 3
  6. Semana 3: dia 23.08, segunda-feira, às 12h = entrega da atividade 3
  7. Semana 6: dia 09.09, quinta-feira, às 14h = aula síncrona 4
  8. Semana 6: dia 13.09, segunda-feira, às 12h = entrega da atividade 4
  1. Atividade 1 = 3 pontos (apresentação na aula síncrona – ou vídeo/podcast, caso você não participe dela)
  2. Atividade 2 = 7 pontos (participação na aula síncrona – ou parágrafo resumitivo, caso você não participe dela – e trecho de uma carta)
  3. Atividade 3 = 5 pontos (participação na aula síncrona – ou parágrafo resumitivo, caso você não participe dela – e portfólio de memes)
  4. Atividade 4 = 10 pontos (fotobiografia, diário ou vídeo).

Além da apresentação do WebQuest, na primeira aula síncrona, os responsáveis pelo Escritas de Si criaram um questionário no Google Forms, chamado “Iniciando o Projeto Escritas de Si”, com perguntas pensadas com o intuito de iniciar o primeiro contato com as idades, os gostos, os pensamentos e as vivências dos estudantes envolvidos no projeto de uma forma descontraída e mais próxima dos recursos tecnológicos usados por eles no dia a dia. Veja algumas das perguntas e suas respostas:

Com isso, é observado como eles já se mostraram abertos para um diálogo tranquilo e instigante, indicando interesse no projeto, além de falarem coisas que os residentes nem perguntaram, como indicações de músicas e de séries.

Também é importante mostrar uma atividade feita no começo do projeto, que os alunos escreveram, em um Padlet feito especialmente para isso, os seus medos, suas inseguranças e angústias, abrindo seus pensamentos e sentimentos por meio do anonimato. Confira os textos e algumas respostas escritas por outros colegas.

Observação: Como alguns relatos foram delicados, os residentes comentaram, durante a aula síncrona seguinte, a importância de procurar o apoio de profissionais da saúde, como psicólogos(as), para a ajuda sobre pensamentos conturbados que podem ser um risco à saúde dos alunos.

Criado com o Padlet

 

Acreditamos que, de modo geral, a experiência tenha sido muito proveitosa tanto para os residentes quanto para os alunos, visto que possibilitou uma ótima interação entre os envolvidos. Sendo assim, conseguimos estabelecer um contato mais próximo com os estudantes, explorando um pouco de quem eles são e de como se percebem no mundo, sempre utilizando a escrita como forma de expressão. Além disso, procuramos utilizar uma linguagem mais próxima do universo jovem, fazendo o uso de memes, gifs e vídeos que exploravam a ideia do projeto, pois acreditamos que isso estabeleceria uma maior conexão entre nós. Aqui estão alguns de seus relatos sobre a implementação:

 

Acesse aqui o arquivo do projeto:

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.